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  • Foto do escritorABM

Gis, Leandros, Renatas, Catarinas, Alessandras, Vermeer, Camus




Chamou muita atenção dos leitores os textos com a citação de Albert Camus e a tela de Jan Vermeer. Leandro Karnal: “Não conhecia a citação, vou guardar”. Catarina: “Se você escrevesse um livro com 10 mil citações assim, eu levaria anos para terminar de ler!”, Alessandra: “Excelente a citação, perfeita ao texto”. Renata: “Amei a imagem!”. Giovana: “Grande inspiração colocar a tela do Vermeer, que eu amo!”.



Albert Camus. Lê-se Camí. Na verdade, ele era escritor nas horas vagas. Tinha vocação mesmo para goleiro, chegou a brincar no Real Madrid. Era grande amigo de Sartre, com quem teve grande desavença porque o amigo simpatizava com a então URSS ao passo que Camí já enxergava abusos totalitários no governo bolchevique. Escreveu grandes livros, cujos mais importantes são: A Peste, O Estrangeiro, O Mito de Sísifo e A Queda. Li apenas 3 desses 4.



O holandês Johannes Vermeer nascido em 1632, é, depois de Vincent, o meu pintor favorito. Sua tela Moça com Brinco de Pérola, é considerada a “Monalisa Holandesa”, eu particularmente prefiro-a à Gioconda de Da Vinci. Há mais puerilidade na tela de Vermeer, uma inocência camponesa que ainda quando a moça perolada envelhecer, continuará inocente. Vermeer, como tantos outros artistas do seu e nosso tempo, viveu íntimo da miséria, teve 15 filhos. Et coeterva. Após sua morte, seus quadros foram vendidos com a assinatura de outro pintor para ter um maior valor. Hoje vale milhões. Ficou dois séculos esquecido: 200 anos para que se fosse reconhecido seu grandiloqüente talento, o uso magnífico da luz que ele empregava com uma serenidade cristã.



Há um filme homônimo à tela Moça em que a fotografia são constantes telas percorrendo nossa retina, congelando instantâneos que andam. Scarlett Johanson, a nova queridinha de Wood Allen, que estrela o filme, tem uma semelhança univitelínea (conforme se vê) com a menina do quadro pintado por volta 1665.



Vermeer, Camus e o leitor: ambos os três ajudam a compor não só esta coluna, mas a trazer leveza para o peso da dívida que temos com a vida. Obrigados.




Escrito por Alex Menezes às 23h59


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