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Edgar Clayce

Rapaz. Tive acesso a umas coisas sobre um americano que é de cair a moleira inteira e não só o tradicional queixo. Edgar Cayce. (1887-1945) nem quero me aventurar a descrever uma biografia do homem. Ele ficou conhecido como “Profeta Adormecido” porque fazia suas “leituras” enquanto dormia. Mas dispenso seu lado místico. Qualquer um se mete a ser profeta. O poeta alemão Heinrich Heine (1797-1856), controlando sua maldade, escreveu para o futuro: “Aquele que queimar livros/ Queimará homens”, recado que os nazistas atenderem ao queimar livros “subversivos” em 1936 e depois alguns humanos a partir de 1940. Mormente fala-se muito (mal) de videntes. Todavia não é incorreto afirmar que boa parte deles são como arqueiros que lançam suas setas na parede do futuro e depois desenhistas pintam um alvo onde ela já estava fincada ao seu bel prazer. Mas ocorrem uns fenômenos com certos indivíduos que são duros de explicar viu. Machado (1839-1908) melhorou (!!!) Shakespeare (1564-1616) ao escrever que “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”. Edgar Cayce é uma coisa. Não. São várias coisas. Ele fez, veja mesmo, 14 mil previsões. Quatorze mil. Todas catalogadas. E mais precisas do que as centúrias obscuras de Michel de Notredame (Nostradamus) (1503-1566). Cayce previu: Nazismo, o fim da Liga das Nações, o fim do Comunismo na Rússia, Kennedy e Roosevelt, 1º e 2º Guerras, o Crash na Bolsa (1929). Aquecimento global? Ele previu. Previu o stress. Mas se você, como eu, tem mais medo do que vai ocorrer do que do já ocorrido, prepare o seu coração: ele previu uma 3º guerra começada na Síria e naquelas bandas onde ninguém se entende, porque lá se um tem Oriente, outro é Médio no pensar. Além das “previsões”, ele fazia diagnósticos médicos, prescrevia receitas, tinha um Raio-X no olho. Afluíam gentes de toda parte para marcar consultas com ele, mas ele não tinha status de curandeiro. Ele era científico. E como notou um jornalista à época, mesmo sendo inculto (leigo?), usava terminologia médica ao mencionar as patologias e prescrever as curas. Um estrondo. Ele até reorganizou o... passado! Falou dos Essênios antes de arqueólogos descobrirem os manuscritos do Mar Morto em 1956! E a cereja do bolo: confirmou com pormenores a existência de Atlântida, a mítica cidade submersa, dando data (1968) de quando se encontrariam provas arqueológicas de sua existência. É um assombro, sem dúvida. Resta o enigma de saber porque há pessoas assim, porque elas florescem, irradiam seus talentos incríveis e deixam sem resposta o eterno dilema: por que tudo começou, quando tudo acaba... Escrito por Alex Menezes às 22h50

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