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Da Vaidade




Hoje o papo versará sobre o PIB nacional, ou a escassez dele. O IBGE divulgou que o crescimento nacional em 2006 foi de frouxos e exíguos 2,9%, só ganhando do do Haiti, na Latino-América, motivo pelo qual somos cada vez menos sul-americanos e mais sub-americanos. A China cresceu 10,9%.



Culpados para o pífio crescimento do país? Erra quem pensa que é o atual governo e escorrega no equívoco aquele que encima na cangalha do governo anterior a responsabilidade do fiasco: a culpa é da vaidade. O que é a vaidade? Um sentimento não é. Um estado espírito? Também não. Vou nos poupar de divagações filosóficas sobre este ente tão humano e até super-humano.



Ao mesmo tempo em que Lula assumia, ungido de vaidade, o cargo de “mandatário supremo da nação”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso embarcava, num vôo na primeira classe da TAM, para Paris. Começou aí derrocada do crescimento econômico, a inércia das reformas política, tributária, previdenciária, escândalos de compra de votos (mensalões, etc).



Não fosse a vaidade e um genuíno sentido de predomínio pessoal sobre o público, Lula teria se livrado das más influências, ordenaria para que o Air Bus da TAM não decolasse; enviaria um jato da FAB para resgatar o ex-presidente e, em seguida, anunciaria à nação, ainda eufórica e hipnotizada pela eleição do retirante nordestino que “chegou lá”, que seria feito um governo de coalizão. PSDB e PT deixariam de lado as desavenças políticas.



FHC, atônito, não teria como dizer “não”. Aceitaria, como bom estadista que é, a surpreendente proposta do companheiro de luta pela redemocratização do país, e atuaria como um “mentor” na composição, diretriz e logística do governo petista. O PT, desnecessitado de se aliar com mafiosos de partidos nanicos, não teria jogado na lama 25 anos de pregação ética. Neste cenário, os investimentos internacionais no Brasil alcançariam patamares norte-americanos ou chineses: o país seria a vedete platinada e exportaria um modelo de democracia moderna e madura para os quintos cantos do mundo.



O ineditismo do ato contaminaria os países latinos americano e invibializaria governos populistas e perigosos; evitaria a reeleição de Hugo Chávez, na Venezuela, Evo Morales, na Bolívia e Tabaré Vazquez, no Equador. Mas, o que fez Lula? Um mês antes de assumir o poder, ordenou que um cargueiro da Petrobrás levasse gasolina para a Venezuela em crise, dando apoio político a Chávez. Com estabilidade política, o continente esmagaria quaisquer possibilidades de guinada para uma “esquerda” de fachada, que descortinada é totalitarismo da pior espécie, mais informações, leia “Origens do Totalitarismo”, da judia Hannah Arendt, publicado em 1951.


A vaidade pessoal, a falta de visão e intrincados motivos impediram Lula de lustrar sua biografia e entrar para a história como o maior líder político mundial deste início de século. Com esta realidade irrealizável, o Brasil estaria crescendo à razão de, sei lá, 11, 12% ao ano, em duas décadas erradicaria a miséria e o analfabetismo, em 30, 40 anos estaria com um pé no mundo 1. A vaidade é a vilã.




Escrito por Alex Menezes às 23h58


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