Radioatividade Feminina
- ABM

- 12 de ago. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2021
Vi ao filme da grande Marie Curie com aquela sensação de que há uma chance para este grande desastre planetário que é o ser humano.
Numa aula sobre Mozart, de um professor ora renomado, ele entendia que nenhum gênio produzia gente também genial:
- Protesto!, há a Marie Curie; sua filha ganhou o Nobel...
- Diabo!
Claro: meu exibicionismo gerou meus 3 segundos de fama e ódio na sala, mas a resposta gerou gargalhadas e descontraiu a todos.
Sempre digo que o gênio é o que há de mais próximo entre a miséria (humana) e o supremo, o sublime, a beleza. E esta sensacional polonesa que, como Copérnico, fez a ciência expandir o que a natureza ocultava, me faz ter fé nisto: no gênio, na capacidade de sermos divinos, ainda que mortais.
O filme é excepcional; evoca na personalidade algo difícil dela: a relação quase tóxica com o marido, a quem deveu muito o sucesso. E o mérito de Pierre foi entender que lidava com um gênio e gênios são difíceis; há exceções: Van Gogh era terrível; Kafka era doce; Picasso e Dalí eram insuportáveis; Velazques era amorável; Virginia Woolf era dulcíssima e frágil; Leonardo era difícil; Michelangelo menos; Einstein era educado, mas não tinha muita paciência (ver foto da língua); Galileu era tímido e até submisso; Mozart era um demônio; Beethoven era arrogante; Guimarães Rosa e Machado eram tranquilos; Nicola Tesla era paranoico; Dostoieviski irritadiço, enfim, não vai acabar mais a lista...
Veja ao filme, é melhor do que ler isso aqui...



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