Com um suspiro é que se move um dia
Uma luz se esgota num palmo de teoria.
A teoria que inventou o dia, se inebria
De melancolia.
Sol matutino, porta-voz do dia
Ilumina a casa que se irradia.
De noite um sumo de graviola.
De dia, som rouco de vitrola.
Vem daí o dia, que tudo entendia.
Preste atenção.
Se não você se entedia.
Vinte e quatro dias
Numa hora:
– Forjado.
De metal, raio, relâmpago.
Sem trovão.
Um dia sem ninguém
Sobrará a quem
O inventar.
O dia, um milagre
Compadre no fim rimaria.
Mas isso não é romaria.
Com métrica rima e muita dor.
É calor, que incandesce.
Acima o suspiro desce.
Assim como amor de novela
Que expira: prazo de vela
E até se julga eterno,
Posto que é gelo
Enquanto
Acaba.
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