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  • Foto do escritorABM

Maria Papel

Na penumbra Maria


Grita, pede apelo, oculta


(o medo


Se refaz, ali solapa, fica a


Lágrima, dura, caída no chão


É Maria indigente, imã impotente


(leve


Despida de tudo, até de magia


Não conhece nanquim, o lápis


Espesso ali a intimida ela o


(olha


E o afeta com o medo dela


Volta Maria, tateia a peça


Que nada a impeça de


(dele


Usurpar o doce saber que


A tudo lhe ater, sem


Nada reter


Olha Maria, ex-cativa e sibila


Toma da lida, enche as


(linhas


Do papel que não tinha


E então nele exorta


Com furor de comporta


(rompida


– Hoje sei, agora sei


Jamais esquecerei


Minha pobre história


Escreverei – de tristezas e alegrias


Minha estrada minha história

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