Na penumbra Maria
Grita, pede apelo, oculta
(o medo
Se refaz, ali solapa, fica a
Lágrima, dura, caída no chão
É Maria indigente, imã impotente
(leve
Despida de tudo, até de magia
Não conhece nanquim, o lápis
Espesso ali a intimida ela o
(olha
E o afeta com o medo dela
Volta Maria, tateia a peça
Que nada a impeça de
(dele
Usurpar o doce saber que
A tudo lhe ater, sem
Nada reter
Olha Maria, ex-cativa e sibila
Toma da lida, enche as
(linhas
Do papel que não tinha
E então nele exorta
Com furor de comporta
(rompida
– Hoje sei, agora sei
Jamais esquecerei
Minha pobre história
Escreverei – de tristezas e alegrias
Minha estrada minha história
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