A gente desperdiça a vida
Com melhorias
Que fazemos para iludir
A pobre ilusão.
A gente desgasta as pestanas
Pensando que seja ela ferro
E fundi-la à realidade que
Perece a todo instante.
A gente pensa que é besta
Se finge de besta
Simula dores e fúrias
Disfarçadas de pétala pura.
A gente quer esquecer
Para no fundo lembrar
De onde não vem nada
– Exceto o olvido
Há gente maléfica.
Que esvazia lacunas.
E brota poeiras de
Onde não sobra nem pó.
A gente é uma escuridão
Um talvez mesclado de
Afirmação, corroída
Entre um ninho de sins.
A gente às vezes padece.
Peritos que somos em prece.
Na hora triste da morte
Melancólico fim, nosso porte.
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