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Índice Doritos

Uso o frívolo como régua para medir o essencial. Tudo o que se pretende sério demais, tende a obeso, e a obesidade menos discreta é aquela que... Passo, não quero saber de frases moralistas por aqui. O lance do frívolo com o essencial pode até soar disforme da ideia proposta, contudo realça a figura e destoa da fonte, que não é séria, nem seria.


Meço o galope da inflação pelo recém-por-mim-criado Índice-Doritos. Há pouco tempo arrematava o pacote da iguaria com meros 0,90 centavos; hoje cavalga nos 2,50 com saltos de 2,90. Que sufoco! O preço da banana, do feijão e de outros alimentos burocráticos, eu desconheço; o Doritos é minha preocupação, e, conforme a política mundial aponta, ele vai aumentar ainda mais...


O Doritos é feito de milho; desde os astecas, é sabido que o milho não produz apenas Doritos, fabrica também guerras, como as da América Central em tempos epocais; é confeccionado também o líquido combustível etanol, que move carros: não suporto a grita dos politicamente corretos que atacam a produção de milhos para alimentar carros. O que tem de mais? Carros, como a gente, precisam comer, e não vejo outra forma mais singela e honesta de provar nosso amor do que dar a eles aquilo que comemos (fazemos isso com filhos) --- exata e rara ocasião em que a botânica se une à mecânica em benefício do movimento...


... Não sei o que faria se a moratória aos biocombustíveis fosse, à maneira monopolista, levada a cabo. Uma saída seria entreter o tanque do carro com grãos de arroz; pode-se esperar que ele expila, em vez de monóxido de carbono, um PF (não é Policia Federal); quando menos, um risoto. Mas os ambientalistas podem se eriçar e embargar minha proposta energética.


Vamos ver o que consigo fazer neste derradeiro parágrafo. Derradeiro. Hoje em dia, receio que ninguém mais use derradeiro a não ser em obituários, lápides e demais acessórios fúnebres. Aproveito a divagação para fazer votos para que a inflação continue sepultada; ela rediviva, sepulta e carcome os sonhos dos mais pobres, dos assalariados, eternos pagadores da gangorra econômica mundial. A OPEP não quer aumentar a extração, porque diz que a culpa da hiper valorização do produto é culpa dos especuladores, e não da produção. Meia-verdade absoluta, claro. 90% dos especuladores são produtores ou acionistas de empresas petrolíferas, pessoas que não se incomodam com aumento de preços. Parece que não vai mudar de mãos nem o oligopólio nem a especulação. Parece.





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